terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Campo do Cesário

Ilustrativa

Outro local onde a nossa turma [tanto a meninada da Rua Menino Deus quanto a da Rua do Santo Antonio, da Praça da Sé e adjacências] costumava bater uma bolinha todas as tardes, era no Campo do Cesário. 

O Campo do Cesário, para quem não lembra, era localizado em um terreno que ficava no final da Rua do Santo Antonio, ao lado da residência do Sr. Cesário Barreto. Ali, jogávamos bola todos os dias, principalmente depois do fato ocorrido com o Dr. Barroso, o promotor da cidade. 

Do bate bola vespertino no Campo do Cesário, participava mais a meninada da Rua do Santo Antônio: o Zé Marçal (sobrinho do Maestro Acácio Alcântara), os irmãos Solimar, Ademar e Zé Cabecinha (filhos do Sr. Cândido Rios), Ciro (filho do Sr. Agenor Rodrigues), os também irmãos Teteá, Wilson e Antônio Carlos Belchior (filhos do sr. Otávio Belchior, o delegado da cidade), Agamenon Eufrásio (sobrinho do Pe. Gonçalo), o Lazinho Liberato, Marquinhos monte e Silva, Peditim, entre outros. 

Era impressionante a freqüência da meninada ao futebol no Campo do Cesário. Ali, o jogo começava cedo, no início da tarde, e ia até o anoitecer. Enquanto não escurecesse, o jogo continuava firme. E o mais importante de tudo foi que, nunca, em tempo algum, o Sr. Cesário Barreto reclamou do tal jogo. E olha que a meninada fazia uma bagunça infernal e, mesmo assim, ele nunca proibiu a prática da nossa peladinha diária ou até mesmo fez qualquer tipo de advertência à meninada, ameaçando a realização daquele divertimento da meninada. Até hoje, sinceramente, não entendo o porquê do Sr. Cesário nunca ter proibido o tal jogo. 

Outro dia, em conversa com o Wilson Belchior, pelo facebook, relembrando nossa infância em Sobral, comentamos sobre esse joguinho de todas as tardes, quando de nossa infância, no famoso “Campo do Cesário” passamos um tempão lembrado fatos, os amigos. E falamos de algo muito importante e significativo, o fato de o Sr. Cesário ou até mesmo a esposa dele, Dona Tamar, nunca terem reclamado daquele joguinho de todas as tardes.
Relato de Dias Lopes, integrante do Saudosismo Sobralense

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