Formação Eclesiástica em Sobral
A povoação de Caiçara foi elevada a
Curato em 1712, ano em que aportara a estas plagas vindo do Reino Lusitano o
Pe. João de Matos Monteiro, como coadjutor de seu tio o Pe. João de Matos
Serra, vigário da Ribeira do Acaraú, e fora o seu primeiro Cura.
Em 1757 o antigo Curato da Ribeira
do Acaraú, que compreendia então desde rio Mundaú até a serra da Ibiapaba,
inclusive, foi dividido por provisão de 30 de agosto, do Bispo de Pernambuco,
D. Francisco Xavier Aranha, em 4 freguesias: a da Amontada, a do Coreaú, a da
Serra dos Cocos e a de N. S. da Conceição de Caiçara, ficando nesta de Cura o
Pe. Manoel da Fonseca Jaime, natural de Olinda e que permaneceu até 1752,
quando o substituiu o Pe. Dr. João Ribeiro Pessoa, natural de Iguarassu.
Foi o Pe. João Ribeiro que construiu
a matriz, hoje catedral no mesmo lugar em que existia outra edificada em 1746,
pelo Pe. Antônio de Carvalho Albuquerque, que inaugurou a Freguesia.
A partir da data de criação do
Curato em 1712 são os seguintes os nomes dos Curas e Vigários:
Curas
1)
Padre João de
Matos Monteiro, 1712-1724.
2)
Padre José Dias
Ferreira, 1725 (seis meses).
3)
Padre João da
Costa Ribeiro, 1725-1729.
4)
Padre Isidoro
Rodrigues Resplande, 1730-1734.
5)
Padre Elias Pinto
de Azevedo, 1735-1740.
6)
Padre Lourenço
Gomes Silva, 1740-1744.
7)
Padre Antônio de
Carvalho Albuquerque, 1744-1757.
Vigários
1)
Padre Antônio de Carvalho
Albuquerque, 1757-1758.
2)
Padre Manoel da
Fonseca Jaime, 1758-1762.
3)
Padre João
Ribeiro Pessoa, 1762-1784.
4)
Padre Barsilio
Francisco dos Santos, 1785-1790.
5)
Padre Alexandre
Bernardinho Gonçalves dos Reis, 1792-1805.
6)
Padre José
Gonçalves de Medeiros, 1805-1837.
7)
Padre José da
Costa Barros, 1837-1847.
8)
Padre Francisco
Jorge de Sousa, 1848-1866.
9)
Padre Vicente
Jorge de Sousa, 1866-1897.
10) Monsenhor Diogo José de Sousa Lima, 1897-1908.
11) Padre Dr. José Tupinambá da Frota, 1908-1916.
Em 1915 por Bula Pontifícia, do Papa
Bento XV, Sobral foi criado Bispado e eleito Bispo D. José Tupinambá da Frota.
Sobralense, que era então Vigário da Freguesia de Sobral, o qual foi sagrado na
Sé Arquiepiscopal da Bahia, a 29 de junho de 1916, por D. Jerônimo Tomé da
Silva, Arcebispo Primaz do Brasil, também sobralense, assistindo por D. Manoel
da Silva Gomes, Bispo de Fortaleza, e D. Manoel Lopes, Bispo Coadjutor do
Ceará.
A posse realizou-se em 22 de julho
com muitas solenidades.
Com a criação do Bispado de Sobral,
foi a Freguesia, por ato de 24 de setembro de 1916, do Exmo. Sr. Bispo D. José
Tupinambá da Frota, dividida em duas: o Curato da Sé sobre a invocação
primitiva de N. S. da Conceição e a Freguesia de N. Senhora do Patrocínio.
São os seguintes os nomes dos
sacerdotes que têm ocupado o Curato da Sé e a Freguesia do Patrocínio:
Curas da Sé
1° - Pe. Francisco Leopoldo
Fernandes Pinheiro – maio de 1916 – 2 de fevereiro de 1919.
2º -Pe. Eurico Melo Magalhães – 2 de
fevereiro de 1919 a 31 de dezembro de 1921.
3º - Pe. José Gerardo Ferreira Gomes
– 3 de agosto de 1922 a 15 de janeiro de 1935.
4º - Pe. Domingos Araújo,
provisionado a 7 de fevereiro de 1935, tomou posse a 8 de fevereiro, cargo que
exerce atualmente.
Vigários do Patrocínio
1º - Pe. José de Lima Ferreira, provisionado
a 28 de julho de 1917, tomou posse a 29 de julho e regeu a Freguesia até 28 de
janeiro de 1919.
2º Pe. Eurico Melo Magalhães, sendo
Cura da Sé foi vigário encarregado da Paróquia de 28 de janeiro de 1919 até 8
de maio de 1921.
3º - Pe. Francisco Leopoldo
Fernandes Pinheiro, provisionado em 1921, regeu até 31 de dezembro de 1929.
4º - Pe. Luiz Franzoni, provisionado
em 31 de dezembro de 1929, tomou posse a 1º de janeiro de 1930 e administrou a
Paróquia até 31 de dezembro de 1935.
5º - Mons. Vicente Martins da Costa,
provisionado em 31 de dezembro de 1935, tomou posse em 1º de janeiro de 1936.
O Curato da Sé compreende os
seguintes templos: a catedral, ampla e majestosa, remodelada e modernizada por
D. José Tupinambá da Frota, em cujas obras foram dispendidos cerca de 250
contos; as igrejas de: Menino-Deus, fundada em 1825, pelas duas religiosas
carmelitas Tereza e Merenciana, vindas da Bahia em 1810; Santo Antônio
resconstruída em 1855, pelo Pe. Antônio da Silva Fialho, e que ocupa o local da
antiga capela de N. S. do Bom Parto; N. S. das Dores, construída em 1872, sob a
direção de Franklin de Sousa Neves; S. Francisco, iniciada em 1871 e terminada
em 1896, por iniciativa do Mons. Fortunato Alves Linhares; Senhor do Bonfim,
erigida por D. José Tupinambá da Frota, em 1922 e anexa ao Seminário Menor, no
bairro da Betânia.
Além estas localizadas na sede,
pertencem ao Curato as capelas: São Francisco em Caracará, N. S. da Conceição
em Patriarca, Santo Antônio em Santo Antônio do Aracati-assu, N. S. do Carmo em
Santa Maria, São João em Forquilha e São José em Muquem.
O movimento paroquial do Curato da
Sé em 1940 foi o seguinte: batizados 1.153 e casamentos 238.
A paróquia do Patrocínio compreende
os seguintes templos em Sobral: a Matriz de N. S. do Patrocínio, construída por
João Rodrigues dos Santos, com o auxílio da população, em 1893 e concluída por
Fernando Mendes na administração paroquial do Pe. Francisco Leopoldo Fernandes
Pinheiro; a de N. Senhora do Rosário, que data de 1978; a de N. Senhora da
Saúde, edificada graças aos esforços da velhinha Francisquinha Catarina, com
esmolas do povo em 1894.
Sobre o cume do Morro da Estação da
Estrada de Ferro, ergue-se o suntuoso monumento Cristo Redentor, de 20 metros
de altura com uma imagem de cinco metros, inaugurado em 28 de maio de 1938.
Além dos templos nomeados possui a
Paróquia as seguintes capelas: a de São Vicente em São Vicente, construída em
1880, por Vicente Bezerra de Araújo; a de N. Senhora da Saúde, no Jordão, sobre
a Serra do Rosário, construída por José da Páscoa Loreto e inaugurada em 31 de
janeiro de 1897; a de Santa Terezinha, no Jaibara, iniciada em 1934 e concluída
e inaugurada em 24 de setembro de 1939, e a do S. Coração de Jesus, no Recreio,
construída por José Ferreira Gomes e inaugurada em 29 de junho de 1915.
O movimento paroquial da Freguesia
do Patrocínio em 1940 foi o seguinte: batizados 937 e casamentos 184.
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