quinta-feira, 25 de março de 2021

A Memorável Passagem do Zeppelin por Sobral

 

Zeppelin máquina voadora em Sobral nos anos 40

Era menino quando um majestoso balão dirigível despontou nos céus de Sobral, mais ou menos de 45 a 46. A cidade ficou oficialmente parada para olhar essa passagem rara já que uma multidão se aglomerava nas calçadas. Ele voava baixo e lento. O Graf Zepepelin é de origem alemã e a primeira vez que esteve no Brasil foi em 1930. Somente duas cidades brasileiras Recife e Rio tinham uma torre apropriada para receber o pouso do Zeppelin. Ainda hoje Recife preserva a torre de amarração e o hangar do Rio de Janeiro que serviram às operações dos balões dirigíveis alemães na década de 1930...

Comentário de Aldemir Arruda.

Como era o Zeppelin



A principal característica do projeto Zeppelin era uma estrutura de metal rígido coberta com tecido. Essa estrutura consistia, na maioria das vezes, de duralumínio e era composta por anéis transversais e barras longitudinais contendo uma série de cavidades de ar individuais.

Como era o Zeppelin por dentro






Os dirigíveis eram equipados com camas para que os passageiros pudessem descansar, além de sala de estar, bar, restaurante e um salão de fumo. A mobília era produzida com os materiais mais leves possíveis, para que as aeronaves não ultrapassassem o peso máximo para poder voar.





Os dirigíveis surgiram no início do século 20 como opção às longas viagens de navio e eram capazes de atingir velocidades máximas de 135 quilômetros por hora. Pode parecer incrivelmente lento comparado ao que aviões comerciais de hoje em dia são capazes de alcançar, mas as imensas aeronaves permitiam que as viagens da Europa à América do Norte fossem reduzidas de semanas para 53 a 78 horas e para 43 a 61 horas do continente americano ao europeu.

As operações transatlânticas do Hindenburg tiveram início em outubro de 1928, com viagens entre Frankfurt (Alemanha) e Lakehurst (New Jersey, nos EUA). Em 1931 começaram os trajetos entre a Alemanha e Recife e Rio de Janeiro, com um total de 136 voos à América do Sul até 1937, quando aconteceu o devastador incêndio que destruiu a aeronave e pôs um fim à era dos dirigíveis.

Na ocasião, havia 97 pessoas a bordo, entre tripulação e passageiros, e 36 morreram no desastre. O que aconteceu? O dirigível havia sido projetado para voar com o uso de gás hélio, mas, com as restrições impostas à Alemanha nazista para exportar o material, a aeronave vinha sendo preenchida com hidrogênio, que é altamente inflamável.

O salão do restaurante tinha por volta de 15 metros de comprimento por 4 de largura e era decorado com papel de parede retratando as viagens do Hindenburg à América do Sul.

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