sexta-feira, 12 de junho de 2020

Coronel Joaquim Ribeiro






Um dos personagens importantes da história de Sobral, e que tem sido relegado a um plano secundário é o CEL. JOAQUIM RIBEIRO DA SILVA, filho do capitão mor Felipe Ribeiro da Silva e de D. Mª Bernardina do Monte, sendo seus avós paternos o cel. Félix Ribeiro da Silva e D. Maria Alves Pereira e os maternos, o também capitão mor José do Monte, cujo sogro era o capitão mor da fundação da Vila de Sobral, José de Xerez Furna Uchoa.

Destinado à carreira militar, sentou praça e era cabo, sendo logo promovido a Alferes da 1ª Cia do Batalhão de Cavalaria das Milícias de Sobral, quando foi enviado pelo presidente da Província do Ceará ao Maranhão, em 1839, por solicitação do cel. Luiz Alves e Silva (Depois Duque de Caxias), que tinha sido nomeado pelo imperador para combater a Revolta dos Balaios, que ameaçava invadir o nosso Estado. 

O encontro com os revoltosos se deu em território do Piauí, no local chamado Bebedouro, distrito da Vila de Piracuruca. Comandando homens da Guarda Nacional de Sobral e adjacências, reforçado por habitantes do local, somando ao todo 170 combatentes, derrotou 218 "Balaios" comandados por Pedro Celestino. No retorno a Sobral, em 1840, envolveu-se na "Sedição de Sobral", comandada pelo Coronel Francisco Xavier Torres, chefe da Força Pública, que não aceitava a autoridade do senador Martiniano de Alencar, presidente da Província. 

Depois da tentativa fracassada de invadir o Sobrado do Senador Paula, que hospedava o governador, os revoltosos fugiram e se entregaram para serem julgados e sentenciados. A realidade política mudou, rapidamente, e os revoltosos foram anistiados.

Por Decreto Imperial de 06/03/1843, Joaquim Ribeiro foi nomeado Tenente-Coronel Comandante da Cavalaria do Batalhão de Sobral e, em 20 de setembro do mesmo ano, promovido a major. Em 1867 foi dispensado por tempo indeterminado do Comando da Guarda Nacional de Sobral e reformado em 11/01/1868, sendo substituído pelo cel. João Tomé da Silva, porém foi reincorporado devido à Guerra do Paraguai. 

Não chegou a participar dos combates, mas seu esforço em arregimentar e organizar os combatentes, foi reconhecido pelo Exército, que lhe deu a patente de MAJOR HONORÁRIO e CONDECORADO com o grau de CAVALEIRO DAS TRES ORDENS IMPERIAIS: DO CRUZEIRO, DE CRISTO E DA ROSA. Era o Chefe do Partido Conservador na Zona Norte. Casou-se com D. Fcª Ermelinda da Silva, filha do Cel. Diogo Gomes (filho do Cel. Inacio Gomes Parente e Fcª de A. Costa). Faleceu em Sobral em 22/01/1878. Seu retrato a óleo, em tamanho natural, e que se encontra no Museu D. José, antes estava na prefeitura e não tem identificação do autor. Está com algumas partes deterioradas necessitando restauração por especialistas.

Por José Carlos Soares

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