sexta-feira, 17 de julho de 2015

As primeiras habitações



Ao redor da Matriz e, mais tarde, da capela do Rosário sugiram as primeiras casas da povoação, geralmente baixas e quase sempre de tijolos e cobertas de telhas, e pertenciam a pessoas de boa linhagem, das quais descende grande parte dos habitantes de Sobral.

Os bairros da Matriz e do Rosário formavam dois pequenos centros de atividade, que poço a pouco foram se desenvolvendo até que se uniram mediante o aparecimento de novas ruas.

Como não havia naquele tempo a preocupação do urbanismo, resultou disso a irregularidade da edificação, sem alinhamento e sem estética, sobretudo nas adjacências das citadas igrejas.
No começo do século XIX começaram a surgir casas melhores até mesmo de sobrados de boa aparência.

Notava o ouvidor Carvalho, que em 1815 só havia em Sobral um sobrado, edificado à Rua Velha do Rosário (atual Cel. José Sabóia) em 1914, pelo coronel José Inácio Gomes Parente.

Detrás da Matriz era a casa de Gregório Francisco de Torres Vasconcelos, que foi professor de Latim e teve larga projeção social nas terras da Caiçara.

Diziam os antigos que na mesma rua funcionara durante muito tempo a Câmara Municipal, que tempos depois transferiu sua sede para o local onde surge o palacete da Prefeitura.

Depois da Praça da Matriz, o trecho mais antigo da cidade é a Rua das Dores, chamada Rua do Rio, depois Rua de Nossa Senhora do Bom Parto, até se tornar Rua Padre Fialho.

Na Rua do Rio tinha a sua casa de residência o coronel Francisco Ferreira da Ponte, filho do coronel Gonçalo Ferreira da Ponte, tronco dessa família no Ceará. Estava ela numa esquina, à direita de quem vindo da Praça da Matriz  vai à capela das Dores.

Quando o capitão Antonio Rodrigues Magalhães passou em 1756 a escritura de doação de cem braças de cada lado da igreja, excetuou alguns chãos dentre os quais o da casa do coronel Francisco Ferreira da Ponte, seu amigo.

Em seguida vem a Rua do Rosário (Rua Velha do Rosário), atual Coronel José Sabóia, e a Rua Nova denominada Rua Coronel Campelo, que construiu ali um sobrado defronte da igreja do Rosário, atual Rua Ernesto Deocleciano.

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