terça-feira, 14 de julho de 2015

O dinheiro





O dinheiro só muito escassamente circulava, porque ainda perdurava o regime dos escambos, mercadorias por mercadorias, e pagamentos em gêneros dos serviços e salários.

Em açúcar é que o ouvidor Mendes Machado recebeu, em 1733, por intermédio do seu procurador, a quantia de 606$570, que lhe devia de ordenados a Fazenda Real, e somente depois da ordem régia de 10 de fevereiro de 1744 as côngruas dos padres passaram a ser efetivadas em moeda. Em mercadorias continuava a pagar-se a infantaria do presídio.

Recolhidos em espécie eram os impostos – dízimos, quintos e fintas, assim como em farinha os vencimentos dos mestres das escolas das aldeias (criadas pela ordem de 13 de setembro de 1768), à razão de um alqueire, anualmente, para cada rapaz ou rapariga que as frequentasse, não sendo, entretanto, obrigado cada chefe de família a contribuir com mais de dois alqueires, se para elas mandasse mais de dois alunos.

A farinha se faltasse seria substituída por gêneros alimentícios.

As boiadas vendidas para as Capitanias vizinhas voltavam mudadas em panos e armarinhos de procedência portuguesa, e também em escravos, o mesmo acontecendo com o comércio dos bufarinheiros, que revolviam os sertões vendendo os seus artigos a troco de bois e cavalgaduras.

História de Sobral - Dom José

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