domingo, 1 de maio de 2011

Estrada Sobral - Meruoca

O projeto da estrada de rodagem Sobral - Meruoca foi apresentado a Câmara Federal pelo então Deputado Federal Cel. Vicente Saboya.
A construção da estrada foi iniciada em 1915, e concluída em 1919. A principio esteve no cargo o Dr. João Pompeu de Sousa Magalhães, que a projetou até a mata fresca. Depois ele andou atritando-se com o Dr. Pires do Rio, então Ministro da Viação, resultando disso a sua substituição pelo Dr. Plínio Campos, natural de Niterói que continuou o traçado até o povoado de Meruoca.
A construtora manteve escritório em Sobral, com sede na praça da Meruoca, a cargo de Mário da Rocha Vaz Correia Melo Dias, acadêmico de direito e mineiro. Passou ele dois anos em Sobral. Depois desse encargo, permaneceu em Fortaleza, onde concluiu seus estudos na Faculdade de Direito do Ceará. Regressou a Sobral e aqui desposou Altair Barreto.
Teve como auxiliares Raul Freitas, topógrafo, que se casou com uma moça de Meruoca, e Vitorino Brandão, natural de Fortaleza, que aqui se casou com Sula Parente Pio.
Além do escritório dentro da cidade, havia duas casas de campo, sitas, uma no sopé da serra, na fazenda do Cel. José Ignacio Alves Parente, a cargo do Dr. July Vaint, engenheiro Francês, e a outra no Sítio Palmeiras, de propriedade de Raimundo Cipriano, sobre a serra da Meruoca e a cargo dos engenheiros Rômulo Campos, baiano de cor morena, e José Ferreira, conhecido como Dr. Ferreirinha.
A primeira vista, tem-se a impressão de que se a estrada tivesse sido projetada pelo lado direito do riacho, a sua declividade teria sido mais suave. No entanto, continuar do mesmo lado do riacho seria impraticável, porquanto a subida para atingir a curva perigosa da Mata Fresca é muito íngreme e de uma extensão considerável. A estrada teria, então, de atravessar o riacho para o lado esquerdo e em seguida passar na ponte da Mata Fresca, transpondo-o pela Segunda vez.
Este projeto tornou-se inviável por ser necessária a construção de mais uma ponte, optou a engenharia pelo traçado pela encosta, que era a subida natural, embora alongando o percurso. Infelizmente o aclive em alguns pontos ficou muito íngreme, dificultando a subida. Poder-se-ia ter obtido uma declividade mais suave começando a subida muito antes do sopé, mediante um trecho preliminar sobre aterro. Nesse caso, Ter-se-ia uma rampa menos íngreme, mas o custo seria imcompativel com os recursos disponíveis para a obra.
Texto extraído do Jornal “Folha do Acaraú”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário